Confritos.
Juntou a sua mochila
Muito barbudo e com as roupas rasgadas
Tomou o rumo de casa
Foi falando sozinho com a voz embargada
Naquela casa que jurou nunca mais entrar
Pois aquela esposa com outro lhe traiu
Mesmo com seus filhos pequenos
Ele sem pestanejar no mesmo dia partiu
A saudade era imensa
O orgulho para trás deixou
Foi correndo atrás dos filhos
E da amada, pois ele nunca por outra se apaixonou
Ao chegar de mansinho em casa
Deu uma bisbilhotada no portão
Ao sair uma criança de dentro da moradia
Fez disparar seu coração
Atrás da criança saiu uma mulher
Na hora ele há reconheceu
Ela mais velha e bastante judiada
Pois apesar de todos os anos, aquele rosto ele nunca esqueceu
Quando a mulher para ele olhou
Caiu na hora em prantos
Se ajoelhou a seus pés
Agradecendo a Deus e para todos os santos
Ele sem entender ficou sem reação
Ela lhe disse que tudo foi um mal entendido
Pois aquele homem que ela abraçava naquele dia
Era o seu pai que ele não havia conhecido
Que seus filhos já se casaram
E que aquele moleque esperto
De cabelos escuros e encaracolados
Era o seu primeiro, neto.