Grato


Agradeço o pão e o não,
o alimento e o sofrimento
para arrancá-lo do chão,
a loucura com discernimento
de agradecer a dor da emoção,
à vida sem comedimento,
que tem a morte como firmamento,
agradeço o amor e o coração
e a paixão sem acontecimento,
agradeço tanto ter sem merecimento
tudo que da terra arranco com a mão.
E se agradeço com tanto sentimento,
não é a deus nem ao diabo (uma só ilusão),
mas sim à beleza sublime do momento!

 
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 28/02/2013
Reeditado em 25/04/2021
Código do texto: T4163886
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