Sem amor, sem palavras, apenas solidão.

Meses sem escrever uma frase,

Uma epígrafe bem elaborada

Que ao menos transparecesse meu espírito.

Quaisquer tentativas eram em vão

Qualquer rabisco, um borrão.

Na lápide de minha mente

Já se podia ser bem visto

“Aqui jaz um poeta que escrevia amor”

Meses, sem palavra, sem frase nem verso.

Muito menos parágrafo

Tudo borrado, apagado, rabiscado e amassado.

O poeta dentro de mim chorava inconsolável

Este que antes escrevia o amor

Começou agora a escrever solidão.

Angela Dias
Enviado por Angela Dias em 27/02/2013
Código do texto: T4162630
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