Tipicamente Humano

Eis que mais uma vez, o ser não é humano.

Tenta regredir ao passado e mais uma vez se frustra

Ilude-se, acredita que tudo irá mudar.

Nele persiste a incerteza de ver um novo amanhecer

Até tenta acreditar, mas é inconstante, e para.

O ter o prende, e o ser se extingue.

É tão incapaz de sentir-se bem

Deseja muito aquilo e talvez nunca consiga obter,

Ser único.

É tão desmedido, tenta conhecer tudo

A típica e triste ilusão em ser feliz

E então, a frustração o ladrilha de solidão.

A levada mansa ou corrida que o leve ao horizonte

Da partida, a infelicidade.

Tripudia a justiça e ri dos justos

Excita-se quando então se encontra dentre os ímpios

Fala um mexerico aqui, outro acolá.

Chora em cima daquilo que é perdido

Busca incessantemente a felicidade

Prefere defeitos e erros dos outros, que os próprios,

Julga-se perfeito.

Corre vários canais e não assiste nenhum

Típico dele, a indecisão.

Fala o que quer e ouvi o que não quer

Veste uma armadura e acha que nunca, nunca alguém irá penetrar.

É vaidoso, vive querendo ser mais e ter cada vez mais.

Não controla a poderosa e devastadora arma

A língua.

Hipócrita, dita regras,

E não as segue.

Quanto mais alto e melhor se sente, a queda tende a ser maior.

Assim, não menos assim, caem.

Angela Dias
Enviado por Angela Dias em 26/02/2013
Código do texto: T4161018
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