Tipicamente Humano
Eis que mais uma vez, o ser não é humano.
Tenta regredir ao passado e mais uma vez se frustra
Ilude-se, acredita que tudo irá mudar.
Nele persiste a incerteza de ver um novo amanhecer
Até tenta acreditar, mas é inconstante, e para.
O ter o prende, e o ser se extingue.
É tão incapaz de sentir-se bem
Deseja muito aquilo e talvez nunca consiga obter,
Ser único.
É tão desmedido, tenta conhecer tudo
A típica e triste ilusão em ser feliz
E então, a frustração o ladrilha de solidão.
A levada mansa ou corrida que o leve ao horizonte
Da partida, a infelicidade.
Tripudia a justiça e ri dos justos
Excita-se quando então se encontra dentre os ímpios
Fala um mexerico aqui, outro acolá.
Chora em cima daquilo que é perdido
Busca incessantemente a felicidade
Prefere defeitos e erros dos outros, que os próprios,
Julga-se perfeito.
Corre vários canais e não assiste nenhum
Típico dele, a indecisão.
Fala o que quer e ouvi o que não quer
Veste uma armadura e acha que nunca, nunca alguém irá penetrar.
É vaidoso, vive querendo ser mais e ter cada vez mais.
Não controla a poderosa e devastadora arma
A língua.
Hipócrita, dita regras,
E não as segue.
Quanto mais alto e melhor se sente, a queda tende a ser maior.
Assim, não menos assim, caem.