Veneno e Mel
— Veneno! Olha o veneno!
— Moço, o que está vendendo?
— Veneno.
— Veneno?
— É! Veneno. Com mel.
— Veneno com mel?
— É... Veneno com mel.
— E para que é que serve?
— Para curar o mal da vida.
— E a vida é um mal?
— Só quando dói.
— Mas a vida sempre dói, não é?
— Então...
— Então o quê?
— A vida sempre dói e por isso é um mal.
— Então o veneno acaba com o mal?
— Não na verdade. Acaba só com a dor da vida.
— É moço, reparando bem, a vida tá doendo...
— Veneno?
— Veneno! Olha o veneno!
— Moço, o que está vendendo?
— Veneno.
— Veneno?
— É! Veneno. Com mel.
— Veneno com mel?
— É... Veneno com mel.
— E para que é que serve?
— Para curar o mal da vida.
— E a vida é um mal?
— Só quando dói.
— Mas a vida sempre dói, não é?
— Então...
— Então o quê?
— A vida sempre dói e por isso é um mal.
— Então o veneno acaba com o mal?
— Não na verdade. Acaba só com a dor da vida.
— É moço, reparando bem, a vida tá doendo...
— Veneno?