A menina
Ela acordava pela manhã e admirava a beleza das rosas,
Olhava o céu no infinito,
Viajava pelas nuvens sem cores.
Da chuva quando caia, molhava- a completamente,
Se não, sujava os pés na terra seca de um jardim imaginário.
E se alguém na rua a chamasse,
Por motivos e outros não percebia,
Mas a cada ciranda, ela, a menina, tinha esperança de um futuro promissor.
Anos se foram,
Restando-lhe apenas ilusão de um futuro glorioso.
E este ano ela não podará a árvore primavera.
Recordo que ela sentia saudades,
Falta de qualquer coisa que a fizesse sorrir,
Ela precisava desabafar.
Realmente algo acontecia,
Muito além do vazio que queixava sua alma,
Sentia-se muitas vezes como se nem existisse.
Precisava de uma revolução,
De amor,
Carinho,
Um pouco de atenção,
Ou alguém, que por um instante de tempo lhe oferecesse as mãos.