sino

Sino

luizcarloslemefranco

Sino, feito para soar,

à batida de martelo ou badalo,

dobra para lembrar os fiéis da hora santa;

sino chama peão,’inda hoje, para alertá-lo

da hora alegre do rango.

Sinos, em carrilhão, em Brasília,

alertavam os candangos.

Havia sino nas escolas – tempo bom -

a chamar os alunos para a lição.

Um sino no pescoço de um touro

ajuda a guiar uma boiada

e se na história do esperto rato,

colocassem um sino no colo de um gato

os roedores andariam em zoada.

Colocava-se, havia um tempo,

sino no caixão de um defunto

para não se ter contratempo.

Sino lembra ferro, aço e evolução.

Sino é símbolo religioso

e lembra ainda

trens à lenha quando chegavam à estação.

Há um sino de metal, leve, que dá sorte

se os místicos orientais colocarem em seus portais ;

Lembra a eles a felicidade

quando oscilam com o vento da sorte.

Há o sino dos escafandros, o golfo,

os sinos das orquestras,

o sino de chinês, o da lenda de Peter Pan,

o da sinuosidade, o da cavidade.

Nem um é triste

como o sino de correr,

que indicava que as tavernas iriam fechar

e pedia que mouros e judeus

recolhessem-se aos aposentos seus.