Melancólica felicidade

Oh saudades. Por que sempre se faz tão presente? Mas não... Desta vez trouxe bons sentimentos. Não é de dor, até que enfim! Mas quem sou eu para lhe cobrar tanto? Mas ainda assim... Generosa como está sendo... Trouxe uma saudosa melancolia. Momentos que foram tão rápidos... Mas saudades... Agradeço-lhe por ter me feito esta visita mais uma vez. Em meio às lembranças do beijo e do carinho trocado, lágrimas escorrem. Oh saudades... Trouxe em mim um sentimento de bobeira, ou seria apenas eu a estar assim? Invejo-te por vê-la tantas e tantas vezes ao invés de mim. Uma vez. Uma única vez. Não... Não me bastou. Eu jamais me contentaria com tão pouco. Mas planejo, e como planejo... Deixar-me em seus braços novamente... Afundar-me em seu corpo e do sabor desfrutar, com o tempo parado, com um clima agradável. Com um sorriso e outro e uma timidez tão viva em mim que eu sequer sei de onde vem na hora de falar tanta bobagem saudável. Haha, mas eu estaria mentindo dizendo que você não trouxe um pouco de dor. Despedidas. Não... Não são nada boas. Necessárias, mas nada boas. E no que pensei que o tempo pudesse parar ele passou tão depressa que não pude segurá-lo. Mas tempo... Traga-a de volta para mim, quem sabe... Um dia. Por que não? Se estas lembranças foram gentilmente trazidas, ainda que tão viva em meu coração, o tempo é capaz de correr depressa novamente? Assim espero. Deixo aqui, novamente, o desejo de te lhe encontrar... De saborear... De desfrutar... E de rir. De que? De tudo. Mas rir... Rir... E encher o que chamamos de vazio com alegria.