Lago dos cisnes

Lago dos cisnes

Em quantas vidas eu te amei?

Não sei, não lembro!

Sei que foram muitas, isso eu sei...

Sinto imaginando ballet, e nós, bailarinos.

Ainda sinto minhas mãos fortes, levantando seu corpo

Feito voo de borboleta.

E nos amamos no primeiro ato,

Aplausos!...

Voltaste ao palco em solo

O som da orquestra delirava

Maestro com batuta, cerrava os olhos em lágrimas

Todos possuídos pelo teu corpo-encanto

Enquanto nas pontas, levitavas...

Holofotes brilhavam feito estrelas

E tu perfeita bailarina, brilhava mais que os holofotes...

Dos bastidores, te olhando

Como toda estória de amor

Não pode ser construída, só por um, voltei ao palco

E dançamos à margem de um lago imaginário

Éramos cisnes...

Segundo ato:

Teus pés, nas sapatilhas

Bailando e voando para meus braços

Éramos sempre dois em um

Em movimentos perfeitos e ritmados

Nem o céu era o limite dos movimentos...

Terceiro ato:

Só me lembro vagamente

Possuído pela delicadeza dos teus movimentos...

Aplausos! E mais Aplausos!

BIS! BIS! BIS!

Agradecias feliz!...

Em olhares nos amamos, por olhares, fomos amados.

De volta para casa, ainda atordoados

Cometeríamos mais loucuras...

Sempre, entre quatro paredes, fomos amantes absolutos.

Agora, calado, no silêncio do quarto, eterna sina,

Vento balança a cortina, que parece dançar, feito bailarina...

Será sonho ou devaneio, quando me quedo?,

Sempre te sinto, quando rezo.

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 20/02/2013
Reeditado em 20/02/2013
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