"S A U D A D E"

Evaldo da Veiga


Quem já teve uma, aquela que chega doer?
Lembra como é a saudade, 
até aquela com pouca esperança?
Vem meu amor divino,
vem correndo, por favor.
Veja a vida que nos espera,
somente junto sei viver!

Ah, aquela saudade do tempo
que não existia e-mail.
Os correios eram lentos,
e às vezes a carta batia asa e sumia.
A saudade que não podia contar com o telefone,
que não dava linha.
No primeiro contato a telefonista dizia:
aguarde um pouquinho!
- um pouquinho que às vezes nem vinha -.

Saudade que tem cheiro, nela vê-se tantas coisas,
até aquela que não existe.
Saudade de quem foi logo ali,
naquela esquina que parece ter mudado de caminho.
Saudade coisa de amor, uma espécie de febre que dá sinal.
Muita saudade é muito amor, meu  bem, meu  mal.
Um reencontro em que se pede o aval de Deus,


Vem meu amor distante, minha alma te espera,
e o meu corpo também!
Minha alma é dependente,
precisa do corpo, pra gozar o teu amor...
Vem amor, neutralize os obstáculos,
vem depressa ao nosso caminho,
precisamos seguir junto.
Vem correndo, vem dar vida ao meu amor!



N - Com e-mail, telefonia privatizada,
só o que estraga são as estradas, esburacadas.
Mas nada é perfeito, e nem pode.
Sempre existirão alguns obstáculos, mas o amor vence sempre.
O momento é favorável ao amor, nunca esteve tanto.
Até as conturbações e violências,
sinalizam que é momento de amar.
Ame.
Ame sempre.
Deixe-se amar.


evaldodaveiga@yahoo.com.br