Quando eu amava uma fingida

Era uma fingida...

me beijava com a boca suja de inverdades

o suor que escorria da pele dela, os sussurros que emitia, até o hálito que me embriagava eram falsos.

A curvatura de suas ancas, o perfume dos cabelos, o brilho nos olhos, o gosto de sua pele... tudo, tudo, tudo era mentira.

Tudo era fingido.

Até o beijo que me deu de despedida...

Não acredito mais em nada...

lhe nego todo e qualquer espaço em meu peito e em minha cabeça

nem meu rancor ela merece

nem raiva

nem saudade

nada...

Rasgo suas promessas, minhas cartas, nossas lembranças

queimo tudo.

Queimo minhas duvidas, as certezas que tinha, os sonhos que guardei no fundo de meu peito.

Não quero mais nada que tenha vindo dela

Sonho com o dia que esquecerei seu nome...

que a decepção que ela me deu se desfaça e no fim não signifique nada.

Por enquanto ainda choro

sozinho ou acompanhado, ainda choro.

não desejo-lhe mal

hoje, simplesmente, desejo que ela cresça

cresça e desapareça..

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 16/02/2013
Código do texto: T4142614
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