Quando eu amava uma fingida
Era uma fingida...
me beijava com a boca suja de inverdades
o suor que escorria da pele dela, os sussurros que emitia, até o hálito que me embriagava eram falsos.
A curvatura de suas ancas, o perfume dos cabelos, o brilho nos olhos, o gosto de sua pele... tudo, tudo, tudo era mentira.
Tudo era fingido.
Até o beijo que me deu de despedida...
Não acredito mais em nada...
lhe nego todo e qualquer espaço em meu peito e em minha cabeça
nem meu rancor ela merece
nem raiva
nem saudade
nada...
Rasgo suas promessas, minhas cartas, nossas lembranças
queimo tudo.
Queimo minhas duvidas, as certezas que tinha, os sonhos que guardei no fundo de meu peito.
Não quero mais nada que tenha vindo dela
Sonho com o dia que esquecerei seu nome...
que a decepção que ela me deu se desfaça e no fim não signifique nada.
Por enquanto ainda choro
sozinho ou acompanhado, ainda choro.
não desejo-lhe mal
hoje, simplesmente, desejo que ela cresça
cresça e desapareça..