APENAS MAIS UM AMIGO DO REI

Não vá embora para Pasárgada,

Lá só entras se fores amigo do rei...

Podes ate encontrares varias mulheres,

Mas jamais alguma,

Te amará, como eu te amei...

A felicidade pode morar aqui,

Com a simplicidade da vida bucólica,

Sem que te exponhas a própria sorte...

A imprudência, não te pertence,

Nem de loucuras alimentas tua mente...

Aqui te alongaras,

Caminhante em teu próprio corpo,

Sem precisar domar os animais,

Como se a eles, não pertencesse a vida...

Seguiras no teu remanso,

Como as águas que alimentam a fauna...

Estarás abençoado e iluminado

Com luzes que cicatrizam tuas feridas...

Não precisaras de patuás,

Se tens em ti tuas crenças...

A ti, recontarei todas as historias

Que escrevemos em um só coração

Ainda enamorados...

Essa tal liberdade,

Fugidia te impede,

De voar em teus próprios sonhos...

Não fujas de ti mesmo

Pois teu Eu sempre te acompanhará...

Sexo livre,

É fantasia de quem ainda

Não aprendeu a fazer a sua própria cama...

Não precisas caçar o amor

Como quem ainda não aprendeu a amar...

A tristeza faz parte da vida,

Não pense em abortar-te...

Não vá embora para Pasárgada,

La não te pertence a vida,

Serás apenas mais um amigo do rei.