Cansa
A palavra, o silêncio, o sussurro, o urro, o uivo, o grito cansa
Falar cansa tanto, falar tanto cansa, cansa de falar tanto.
E ter de dizer das mais diversas formas e até em versos
Que o que cansa é ter de dizer até mesmo que cansa dizer.
Cansa nos cantos e nos recantos tanto desses tantos prantos
E este tanto dizer que tanto busca ser o que não é: poesia...
Mas não cansaria e a alma até cantaria e seria de alegria
Se um dia viéssemos todos de corações cheios e as mãos vazias,
Que o amor não faz gosto de riqueza nem de beleza com certeza,
Faz gosto de ter um gosto gostoso de ser apenas o que é: amor.
Hipocrisia...
Cansa a emoção vazia, a vontade vadia, essa necessidade arredia
De parecer com o que não se parece que não é a sua essência,
De se ter sempre a aparência daquilo que aparenta ser coerência,
Uma suposta ciência que nos diz que não podemos viver sem isto tudo
E que sem isto tudo a vida seria bem mais pobre e tão menos plena,
Enquanto a consciência entende apenas ser o que menos faz: sentir.
Tristeza...
Tudo tão difícil e distante, inatingível, tão diferente de tudo o que se quer,
Quando o que se deseja é precisar nunca mais desejar mais nada,
Pois que se já tem de tudo, a não ser a capacidade de ainda desejar,
Pois que nunca queremos as coisas que o desejo escolher desejarmos
Mas apenas o desejo de poder ter o desejo de desejar as coisas.
E desejamos...
Desejamos tudo o que inventamos somente por desejar o desejo,
Não importa realizar, ter, adquirir, depois disso tudo vem outro desejo
E tudo o que não desejamos é precisar nunca mais desejar nada.
Assim continuamos...
A palavra, o silêncio, o sussurro, o urro, o uivo, o grito cansa
Falar cansa tanto, falar tanto cansa, cansa de falar tanto.
E ter de dizer das mais diversas formas e até em versos
Que o que cansa é ter de dizer até mesmo que cansa dizer.
Cansa nos cantos e nos recantos tanto desses tantos prantos
E este tanto dizer que tanto busca ser o que não é: poesia...
Mas não cansaria e a alma até cantaria e seria de alegria
Se um dia viéssemos todos de corações cheios e as mãos vazias,
Que o amor não faz gosto de riqueza nem de beleza com certeza,
Faz gosto de ter um gosto gostoso de ser apenas o que é: amor.
Hipocrisia...
Cansa a emoção vazia, a vontade vadia, essa necessidade arredia
De parecer com o que não se parece que não é a sua essência,
De se ter sempre a aparência daquilo que aparenta ser coerência,
Uma suposta ciência que nos diz que não podemos viver sem isto tudo
E que sem isto tudo a vida seria bem mais pobre e tão menos plena,
Enquanto a consciência entende apenas ser o que menos faz: sentir.
Tristeza...
Tudo tão difícil e distante, inatingível, tão diferente de tudo o que se quer,
Quando o que se deseja é precisar nunca mais desejar mais nada,
Pois que se já tem de tudo, a não ser a capacidade de ainda desejar,
Pois que nunca queremos as coisas que o desejo escolher desejarmos
Mas apenas o desejo de poder ter o desejo de desejar as coisas.
E desejamos...
Desejamos tudo o que inventamos somente por desejar o desejo,
Não importa realizar, ter, adquirir, depois disso tudo vem outro desejo
E tudo o que não desejamos é precisar nunca mais desejar nada.
Assim continuamos...