A BOLSA

O charme que segura
no balanço que acompanha
sua cara metade
Ah mulher! porque a bolsa?
se é logo ali que vais!

O sapato combina?
a roupa se afina?
A bolsa concorda e guarda
toda a ideia , todo ato
de passear pelo dia.

Não tem um sentido
A razão se torna mera metáfora
a inversão é necessária.
- Será que ela combina com a saia?
Ah, neste caso também vou levar.

Tantas coisas, um esmalte.
tantas coisas , um bilhete.
tantas coisas que precisa
é uma amiga que não fala
mas lhe dá apoio
também é sua alma.

A forma interessa
a aliança com a mão
ou no ombro amigo
porque ela é sua "faixa"
vai a qualquer lugar contigo.

Elas realmente existem?
Pode ser até que falam!
o que é aquela conversa
quando procuram algo?

Ah! amiga incomparável
de adornos modernos
com um sentido antigo.
Tão logo tira o que quer
tão logo põe no "abrigo".

Hum..bolsa que dança
em mãos perfumadas.
Quando conquista outra
Uma vai contigo a noite
outra sai de dia.

Não é ciúme eu sei!
elas é que inventam!
Quando disputam beleza
na passarela da vida
só espantam a tristeza
quanto mais são atrevidas!

O coração é uma metáfora eu sei!
mas o que há lá dentro?
não pode haver nada abstrato.
Tem sentimento eu sei!
se guarda tudo para qualquer ato.

A necessidade não conjulga
com a beleza dos couros
da plasticidade, da costura.
São muitas verdades construídas.
São tempos escondidos no "feixe".

Ah! mulher porque a bolsa?
companheira que tudo sabe.
Memoriza tudo, mas não fala
não é preciso eu sei!
o que é amigo também "contém"!

Passeia com ela.
"Escolha sua dupla verdade".
Sim porque ela se torna um "outro"
que possui suas coisas
de tudo um pouco
a qualquer hora do dia, sem hora.
Acolhe seus prantos, acolhe sua casa.
Um conforto de ontem , outro agora.