poesia catatônica

(uma "suave" reflexão do nosso papel enquanto mentes pensantes

afim de fazer poesia não em folhas de seda, mas na consciência das pessoas)

detalhistas nos amam

entusiastas nos regeneram

pela previsível amabilidade

do fluxus verbal,

não-cognoscível

pela maioria dos mortais

que sobrevivem nas esferas

subcutâneas do capital.

um catavento

na criméia

um nó perfeito

no que já foi,

enquanto preferimos viver de lacinhos

lacinhos - viver de lacinhos

como a utopia juvenil americana

(ou para soar Chonsky) estadunidense.

brasil - terra brazilis - terra de santa cruz -

vera cruz - ilha dos papagaios - terra

do ouro poroso

nativo ocioso

terra de curingas da sorte

que compram vendem - e Silêncio!

melhor forma de controle (...)

domar os sentidos

ah! poesia catatônica

homiliastas lhe advogam direitos

por aumentar o fascínio

do banal, quem será bom ou mal

ante a sanha de tiranos?

poesia catatônica

ressussita o arquétipo

de parmênides

para sonhar em cataventos

sem ventos,

cabeças em cativeiros

minha doce juventude

conservadora

13/ 02/ 13

Márcio Diniz
Enviado por Márcio Diniz em 13/02/2013
Código do texto: T4138507
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