DO SUJEITO AMOR OCULTO...
O predicativo do sujeito era esquisito,
Entre frases de loucos vocativos seus,
De insanas aspas e vírgulas equivocadas,
Que acentuavam sílabas do puro choro,
Enquanto louco destilava meras ênfases,
Noutras deixava escapar alguns hiatos sombrios,
Qual quem tropeça em ditongos breus,
Insistindo em falar de uma segunda pessoa.
Carregando graves crases lidas em epístolas,
Do pretérito imperfeito, porém desiderato,
Que variava entre termos e locuções dúbias,
De quem não sabe ou não quer o infinitivo,
Por não ser a exata leveza do ser ou ter,
Mas que em todas as locuções dizia:
Se um dia. Ah! Se um dia a respondesse,
Diria apenas adjetivos fortes, tristes e amargurados:
Amei-te e sempre perguntei com todos os porquês,
Onde estavas oculta, que meu coração por culpa,
Não ocultou desejos meus...