Madrugadas
Na rede aqui fora, pra onde eu vim nesta noite, só pra não estar lá dentro, me deixa a um metro da árvore florida que via da janela durante o dia. A chuva fina, que quase posso tocar, dá-lhe movimentos leves, como um suave bailado. A luz pouca, que não vem da minha casa, dá-lhe contornos ainda mais exuberantes.
Não existe outro lugar no mundo, que não este, que me traria maior prazer de estar, por me lembrar de qualquer coisa parecida com um aconchego distante.
Levanto-me. Entro.
Tenho a alma já enferrujada pra essas coisas de paz.