Balzac

Vê-se que nada mudou

Eu sempre o mesmo,

Vocês sempre assim

Não sou o dedo que acusa

Nem o medo que perfaz

Apenas a diversão de ontem, hoje e sempre.

Sou usada, abusada, sou jogada aos dados

Quando sou filha sou má

Quando sou mulher sou fatal

Quando sou sua, nunca sou

E quando você me quer, deixo de existir

No fim, em pratos limpos,

Não quero ninguém

Apenas divertir alguém

Ser divertida pra alguém

E ser...ser...ser...

Como a mulher de fiqueira da foz

Consumida aos poucos.

Clóvis Correia de Albuquerque Neto
Enviado por Clóvis Correia de Albuquerque Neto em 10/02/2013
Código do texto: T4132648
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