Balzac
Vê-se que nada mudou
Eu sempre o mesmo,
Vocês sempre assim
Não sou o dedo que acusa
Nem o medo que perfaz
Apenas a diversão de ontem, hoje e sempre.
Sou usada, abusada, sou jogada aos dados
Quando sou filha sou má
Quando sou mulher sou fatal
Quando sou sua, nunca sou
E quando você me quer, deixo de existir
No fim, em pratos limpos,
Não quero ninguém
Apenas divertir alguém
Ser divertida pra alguém
E ser...ser...ser...
Como a mulher de fiqueira da foz
Consumida aos poucos.