PERPLEXIDADE.

 
Flutuávamos leves,    voláteis,  em manhãs ensolaradas.

        Postergávamos  toda e qualquer ingerência  ajuizada

  Nossas verdades estavam lacradas  em cofres de cristais

           A paixão   era soberana  lei  em todos os momentos.

 
      Em que tempo nos perdemos?  Porque  o  cinza se fez? 

Pobres cofres de cristais! Eram tão frágeis e sem proteção.

           E a paixão? Fogo fátuo, fogo de artifício, relâmpago

                  Intangível permanência , desalinhados vértices.

 
Do tempo que foi vivido, insistente alforria, amarras.

       E por fim,  a rendição. Inviolável sentir e desejar

       O recomeço, a permanência, a entrega, o  êxtase!