Eu não me importo nunca com o caminho que traço,
Abro os meus braços, morro de bruços a faca às costas,
As mãos postas e aos soluços, resoluto, eu afogo o grito.
Nada me indaga das adagas com que me fere o tempo,
Este contratempo sempre dessas pragas que eu nunca evito,
Como o mito de viver só que é só essa tão pura ilusão minha,
Que eu tinha desde sempre de uma solidão que sempre imagino,
Pois que minha imaginação é plena de um silêncio que não existe.
E eu imagino tudo o que é e só porque eu imagino é que tudo é
E se paro para pensar nada mais é, pois que nada mais resiste...
E eu não sou assim, sei que não, ser poeta é que é sempre triste
E eu não me importo nunca com estes versos e outros que trago
Pois sempre estrago meu silêncio por eles e por eles perco minha paz
E sou capaz de morrer por eles e por tantos versos ir mais adiante,
Só que para estar a fugir deles é sempre um ir sem nunca olhar para trás,
Porque ainda tenho as mãos sempre postas, mas nunca as respostas,
Tenho só a vida e tudo o que me traz a vida e nunca delas as dúvidas
E em mim o que sempre duvida é sempre o que quase nunca sabe,
Porque em mim o que nunca sabe é o que sempre dita minha vida,
Como essa maldita força vazia e vadia que noite e dia chamamos poesia,
Essa maldição eterna bem quista que me torna pleno do que me esvazia...
Abro os meus braços, morro de bruços a faca às costas,
As mãos postas e aos soluços, resoluto, eu afogo o grito.
Nada me indaga das adagas com que me fere o tempo,
Este contratempo sempre dessas pragas que eu nunca evito,
Como o mito de viver só que é só essa tão pura ilusão minha,
Que eu tinha desde sempre de uma solidão que sempre imagino,
Pois que minha imaginação é plena de um silêncio que não existe.
E eu imagino tudo o que é e só porque eu imagino é que tudo é
E se paro para pensar nada mais é, pois que nada mais resiste...
E eu não sou assim, sei que não, ser poeta é que é sempre triste
E eu não me importo nunca com estes versos e outros que trago
Pois sempre estrago meu silêncio por eles e por eles perco minha paz
E sou capaz de morrer por eles e por tantos versos ir mais adiante,
Só que para estar a fugir deles é sempre um ir sem nunca olhar para trás,
Porque ainda tenho as mãos sempre postas, mas nunca as respostas,
Tenho só a vida e tudo o que me traz a vida e nunca delas as dúvidas
E em mim o que sempre duvida é sempre o que quase nunca sabe,
Porque em mim o que nunca sabe é o que sempre dita minha vida,
Como essa maldita força vazia e vadia que noite e dia chamamos poesia,
Essa maldição eterna bem quista que me torna pleno do que me esvazia...