AMOR QUE VIROU SAUDADE



Mana, mana querida,
Saudosa e sempre eterna;
Daqui a pouco farei mais uma idade
Faltam poucos dias...
E o teu abraço que sempre era o primeiro,
Já não mais terei.
Mana, mana querida,
Pede aos teus anjos da guarda
Que permitam que ao menos em sonho
Eu possa estar contigo.
Será que te pedir um abraço
Ainda que através de sonhos é pedir demais?
Mana, mana como bem tu o dizias,
Tudo vai ficar bem e a dor, já, já passa.
Porém, minha amada mana,
Às vezes, a saudade é tanta, que o coração
Não suporta e o único jeito
É deixá-lo transbordar para que o gosto
Do sal da vida, além dos olhos, inundem a boca,
Ainda que para infelizmente, blasfemar,
Contra a mais absoluta certeza
Que se tem da existência.
A tua ausência dói em mim e às vezes,
Faz-me sangrar no peito, o coração,
Que hoje te serve de abrigo, guardando
O melhor que deixaste.
TEU AMOR, em forma de saudade.