Curva

Uma curva e dois passos em falso dados, existindo para o equilíbrio daquele desajuste de tombo fácil. De um lado e no chão, vem cheiro forte e leve, com pontos espalhados pela infinidade de um olhar mais calmo, detalhista, que enxerga sem ver.

Curva, de fato, não breve, mas longa, de muitas esquinas, algumas mais que outras, mais penetrantes que outras, de sentidos sublimes e tão minhas quanto suas.

Se respira ofegante é porque busca tentar encontrar razão por tanta imensidão de corpo de cor apaixonante. Tua beleza, em curvas, tormenta a alma e desalinha a calma, pondo de lado as tais vestes íntimas e batom. Tuas longínquas estradas já estão e são parte do meu trilho de mundo a percorrer por essa vida de infinito e eterno prazer.

Rafa Silvestre
Enviado por Rafa Silvestre em 05/02/2013
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