Amei loucamente um ateu do amor,
e ele em sã consciência me converteu.
Hoje caminho falando ao vento,oníricas
palavras que poderiam ter se juntado
e composto a essência da virgem poesia.
Elas fogem de mim, todas muito ingratas,
tal qual pétalas esparramadas ao vento,
que não representam nada fora do galho.
Apenas estendem tapete por onde passo...
Condenada em vida por esse amor pagão,
eu caminho absorta, neste pântano inóspito,
lodaçal com ervas daninhas abandonadas,
descrente de tudo, sem dossel avistado.