FLEXIBILIDADE

Se tivesse na alma a brancura sem mácula da neve, seria tão bom. 
Se do céu guardasse o azul sem fim, por certo o coração só bateria em harmonia.
Se das matas cultivasse a essência da flexibilidade, para com as mudanças de cada estação da vida, ah, por certo teria aprendido a viver com equilíbrio.
Mas, sempre tem o mas...sua alma ainda alimentava inquietações, resultado de uma fé que por vezes oscilava. Pois, se robusta fosse, seria o suficiente para todo e qualquer momento.
Gostaria muito de ser como a natureza, que por toda parte convive com a impermanência, sem se deixar entristecer. 
Continuou a pisar devagar por sobre a maciez da neve, e sentiu como se ela, lhe acalentasse o pensar, dizendo: com boa vontade e determinação um dia você alcança esse estado de confiança e leveza, que se mostra por todo universo.

(foto da autora, Central Park)


Lenapena
Enviado por Lenapena em 28/01/2013
Reeditado em 28/01/2013
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