DAR TEMPO AO TEMPO!
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Quantas vezes eu quis dar tempo ao meu próprio tempo
esperando que ele por si só resolvesse os desentendimentos
que se fez presente em nossos dias, sem lhe procurar, sem diálogo,
sem uma aproximação, simplesmente deixando que o tempo andasse
ao bel prazer. Resolvi dar-lhe “um tempo” e fiquei esperando que passasse o tempo necessário, pois tinha certeza que não irias me esquecer e que tudo se resolveria no devido tempo. Ledo engano.
Não lembrei que a vida atual, em tempos de correrias é como se ter
nas mãos uma caixinha de surpresas e por isto mesmo quando tentado recuperá-lo, já se fez ontem, e os dias venturosos ficaram por mais distante, sendo inúteis as tentativas para a recuperação.
Eu. Ou nós! Éramos felizes, tínhamos o próprio tempo e nele as nossas
escolhas onde vivíamos um doce sonho de amor e querer.
Fomos vitoriosos e o riso era farto e tantas vezes fomos
agraciados com diplomas de mérito, certificando a excelência
de um aperfeiçoamento onde éramos mimados em abraços
e beijos de louvor. Infelizmente, em uma união onde presente
é a capacidade e visível a demonstração de quanto se pode chegar
a amar, tendo em si a elevada permanência de atitudes, repassando
na real, o sentido de felicidade. Estas provas em evidências
muito pouca gente perdoa e nisto a interferência de objetivos
contrários onde os desejos alcançados levam a cruel separação.
Ocorrências em maquinações, nada de novo, os fatos se repetem,
você e Eu, nosso futuro promissor perdeu-se nas artimanhas de um maléfico invasor e por não termos nos preparado para tais armadilhas sofremos, os dois, as doídas e pecaminosas tramoias
de um abominável “amigo” traidor.
Nos dias que se passaram e sabendo deste atravessamento
fiquei parado no tempo e nele sem intervir, lhe fornecendo o possível
tempo para que, por si mesmo viesse a descobrir a falsidade e a destruição imputada por dúvidas que habilmente foram plantadas
em seu coração. Permaneci passivo, aceitando como prova de integridade, pois era plena a confiança em você, sem acreditar
que maledicências a fizessem esmorecer. Não me interessei
em me posicionar, levando em conta o nosso relacionamento
onde éramos dois em um, e a força de um amor maior a levaria
a vencer facilmente, sendo que a ardilosa cilada não resistiria
a anos de devoção.
Hoje. Renovam-se intenções.
Mas como fazer? Se já não existe Tempo!...