Dilacerado
Houveram-me tantos motivos a chorar, no entanto mantive-me firme, não tão quão as rochas, porém, alicerçado quanto o mar.
Quem pudera dizer que um homem tão rústico aos olhos alheios pudesse quebrar?
Quebrou!
E quando notou: Seus cacos já estavam perdidos em veredas desconhecidas, junto ao pedaço do seu peito que o carregaram quando o dilaceraram.
Houveram-me tanto motivos a te amar, no entanto, todos foram aproveitados, não tão quão as estrelas, porém, tão quanto à lua.
Quem dissera que a vida tem o mesmo valor quando não se olha ao céu?
Ninguém!
Pois o luar entrega-nos os caminhos perdidos do peito e, mesmo que não encontremos saberemos que todos serão iluminados quando os olhos não puderem enxergar.