Da série CONVERSAS DE ESCRIVANINHA
14:
Querida Arana,
Para mim o melhor momento de relax também é o finalzinho do dia, início da noite. Cá não tenho meu jardim, quintal nem posso molhar a grama. Condomínio de apartamentos. Quem faz isso é o jardineiro. Contratado. Não sei se ele tem prazer nessa atividade, prazer que eu teria. Que eu sempre tive, aliás, quando morava em casa térrea.
Entretanto, eu ouço os passarinhos, sinto o perfume dos jasmineiros que entra pelas janelas, enxergo a faixa do horizonte entre o marinho e os filetes em rosa e alaranjado, as primeiras estrelas, sinto a brisa de boa-noite e um espantoso silêncio que cai sobre a metrópole!
Por vezes, já na madrugada, aparecem até alguns morcegos, atraídos pelas ameixeiras e seus frutos.
E quando uma chuva sem violência desce, levanta o cheiro da grama e da terra e deixa as flores pingadas, o chorão choroso, ah... aí é divino!
Aí eu me julgo uma mulher privilegiada e feliz, vivendo numa aldeia!
Imagino como você não deve se sentir na sua "oca", amiga!
Beijos,
Para mim o melhor momento de relax também é o finalzinho do dia, início da noite. Cá não tenho meu jardim, quintal nem posso molhar a grama. Condomínio de apartamentos. Quem faz isso é o jardineiro. Contratado. Não sei se ele tem prazer nessa atividade, prazer que eu teria. Que eu sempre tive, aliás, quando morava em casa térrea.
Entretanto, eu ouço os passarinhos, sinto o perfume dos jasmineiros que entra pelas janelas, enxergo a faixa do horizonte entre o marinho e os filetes em rosa e alaranjado, as primeiras estrelas, sinto a brisa de boa-noite e um espantoso silêncio que cai sobre a metrópole!
Por vezes, já na madrugada, aparecem até alguns morcegos, atraídos pelas ameixeiras e seus frutos.
E quando uma chuva sem violência desce, levanta o cheiro da grama e da terra e deixa as flores pingadas, o chorão choroso, ah... aí é divino!
Aí eu me julgo uma mulher privilegiada e feliz, vivendo numa aldeia!
Imagino como você não deve se sentir na sua "oca", amiga!
Beijos,