Amoral

O meu amor mentiu,

surgiu-me, desconhecido,

embriagou-se e denunciou

no sorriso

tanta malícia e imbecilidade

contidos à força por anos.

O meu amor amou,

desamou e manteve atentos

os ouvidos às badaladas

da tecnologia,

a ringtones e orações.

O meu amor acabou,

do lado de cá,

numa esquina medíocre,

tal qual outro amor.

O meu amor fracassou

quando no roçar das pernas

teve a pretensão de ter pretensões.

O meu amor chorou... não sei por que razão.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 23/01/2013
Código do texto: T4100703
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