O que eu quero
Quereria poder reatar o rumo de minha vida.
Ou, ao menos, saber para que lado me norteia.
Para que água o vento quer me levar.
Quereria poder querer.
Quero colocar os pingos nas letras.
Quero sentir-me alegre, feliz.
Desencadear reações de sorrisos e de alegria.
Ser alegre para que minhas ilhas se regozijem.
Quero passar mais tempo com meu tempo.
Sugar-lhe os minutos de cada dia.
Fazê-lo ser mais atemporal do que temporário.
Quero dançar mais. Na chuva, na rua, em casa, no trabalho.
Remexer o esqueleto que ainda sustenta este corpo com vida.
Quero cantar, louvar, amar - tão quanto ser amado - festejar, gritar, brincar, inventar o verbo "criançar", e me esbaldar com outros "ares".
Quero ser o rumo que minha vida pede.
Quero ter a vida que me leva a um rumo certo.
Quero ter a vida que me leva aonde o vento sopra clamo.
Quero vivenciar a alegria de estar vivo, enquanto realmente vivo estou.
Enfim, mas nunca no fim, quero o que queria.
O que sempre quis.
O que, creio eu pelas minhas possibilidades, haja sempre de querer:
Quero simplesmente encontrar-me.
E hei de encontrar-me feliz.
Autoria: David A. Nascimento
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