Opressão Familiar
Toca o telefone,
é a opressão que vem me assombrar,
já sei qual é seu nome,
seu sermão me é familiar.
Por mais que eu tente explicar,
ela não dá bola não,
cheia de razão.
Por mais que eu tente me libertar
ela não segue meus conselhos,
não escuta meus apelos
e ainda me pede, atenção.
Diz que já passou da hora de eu me engravatar,
que é apenas um aviso, que não quer me cobrar,
mas se assim eu continuar a levar a vida
ela não vai gostar.
O que ela quer é o padrão que vê na televisão,
de gente podre de alma e de coração,
de gente falsa,
mas com dinheiro na mão.
O que eu quero é viver em paz,
comigo mesmo,
viver a esmo,
eu quero muito mais,
viver de beijo,
saciar meu desejo e não olhar pra trás.