Opressão Familiar

Toca o telefone,

é a opressão que vem me assombrar,

já sei qual é seu nome,

seu sermão me é familiar.

Por mais que eu tente explicar,

ela não dá bola não,

cheia de razão.

Por mais que eu tente me libertar

ela não segue meus conselhos,

não escuta meus apelos

e ainda me pede, atenção.

Diz que já passou da hora de eu me engravatar,

que é apenas um aviso, que não quer me cobrar,

mas se assim eu continuar a levar a vida

ela não vai gostar.

O que ela quer é o padrão que vê na televisão,

de gente podre de alma e de coração,

de gente falsa,

mas com dinheiro na mão.

O que eu quero é viver em paz,

comigo mesmo,

viver a esmo,

eu quero muito mais,

viver de beijo,

saciar meu desejo e não olhar pra trás.

Raphael Moura
Enviado por Raphael Moura em 22/01/2013
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