POEMA EM CONSTRUÇÃO: 

                                             

 

 

                                                 MIRINHA X ERÁCLITO.

 

 

 

A despedida de Alfredo.

 

Senhora minha muito amada:

Amar é divino, mas ser amado é sublime.

Tu bens sabes minha senhora tanto amada,

Que amar pode ser um quase amar,

Dependendo da ação que o exprime.

Entretanto, ó doce mulher!

A ação expressa em teus olhos,

Faz com que o meu coração sexagenário,

Viva embriagado, cambaleante e aos tropeços.

O teu falar enigmático, impiedosa bruxa,

Faz dos meus grandes sonhos, estranhos grânulos de incompreensão.

Agora, eis me aqui padecendo pelo teu feitiço,

Lentamente adormecendo os risos meus.

Por ser afoito e ter graciosamente invadido a tua vida,

Perdido me encontro neste ermo em merecidas dores.

Abandonado e em silêncio, qual cais na alta madrugada.

A espreita de uma nave cheia de loucos cachos de esperança.

Porém, a eternidade impaciente clama a minha presença.

Exausto vou-me ao encontro do inescrutável.

Cessam os batidos das castanholas, enfim me findo,

E, em meu derradeiro suspiro, reafirmo:

Sim, te amei muito adorada Gardênia!

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 12/03/2007
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