APENAS NÓS DOIS...
Nem uma palavra ela
conseguia dizer,
enquanto o sol, seu símbolo,
declinava
com seu ar majestático...
escondendo-se
nas grotas de sua saudade
exuberante.
Ela queria...e nem sabia
o porquê....
pois seu querer não exigia
explicações...
que , se tivesse de dar,
daria a si mesma,
pois seu coração blindara
ultimamente
as pedras de seu caminho.
E somente por isso vivia
mais contente,
e da vida não exigia mundos
e fundos...
e quando me olhava,
seus olhos eram tranquilos
como aqueles lagos azuis
suíços,
embrenhados em altas
montanhas,
plácidos como o silêncio.
Antes havia lutado contra
o seu destino,
pois não deixara a sua vida
fluir para
seu grande lago interior.
Agora se sentia melhor...
muito melhor,
pois de presente ganhara
sua autoestima.
E então ela balançava
a minha mão...
enquanto a nossa vida seguia
amantíssima par e passo,
através de caminhos agora
mais que queridos !
E num deles sentamos...
de pernas estendidas
e nos olhamos...
Agora sim...nos entendíamos...
Ela era ela...E eu era eu...
E ninguém era rei e nem rainha.
Éramos apenas nós...
Nós dois.
Dois amantes.
Desta vida que nem pedimos.
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Autor : Cássio Seagull em 21-01-13 SP
ca.seagull@hotmail.com
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