Só os deuses morrem!

Há quem creia que o homem seja eterno

Assistindo a utopia abissal

Esquecendo a vida no presente

No passado revendo um fruto mal

Deixem o homem viver a vida breve

Não percebem que o eterno é irreal?

Só os deuses suportam a eternidade

Pois não sabem as custas do viver

Não nasceram do barro, da água leve

São de neve e derretem ao vento e ao sal

Não são gente com bílis e um coração

São azedos nos tratos com seus filhos

Renegando a vida à tradição

São tiranos com o próprio mortal

Como deuses se prestam a vil vingança

Nem criança escapa à sua mão.

Sendo o homem vulgar na sua estrada

Como apenas um rumo a escolher

Muitas vezes se perde em labirinto

E do canto não sae para viver.

Evan do Carmo

Brasília 11/03/2007

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 12/03/2007
Reeditado em 20/03/2007
Código do texto: T409588