A BORBOLETA AZUL

Era uma borboleta. Azul.

Vida efêmera, mas vida.

Pousou no galho do pessegueiro em flor

e lá permaneceu.

Fiquei a olhá-la. Belíssima,

em suas cores fortes e ativas

onde predominava o azul.

Nem sei quanto tempo

ela ficou sobre o galho.

Soberba. Com grandes olhos

a observar o mundo ao redor.

Passou o tempo. Esquecí-me dela.

No início da noite, retornei ao quintal

e fui olhar a borboleta.

Não estava no galho.

Procurei-a, e então a vi no chão.

Dezenas de formigas

a estavam carregando

para algum lugar.

Seus olhos já não estavam abertos.

Suas asas vestiam o apagado da morte.

Tão linda e tão efêmera!

Que aperto na alma me deu.

Tive vontade de esmagar as formigas...

mas deixei o cortejo seguir.

Meus olhos se encheram de lágrimas

por causa da borboleta azul!

Simplesmente Romântica
Enviado por Simplesmente Romântica em 19/01/2013
Reeditado em 19/01/2013
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