ALGO ARBITRÁRIO

Quando verso sobre a palavra felicidade

O sabor e de ninguém...

Por não poder mensurar

O significado que ela tem...

Se para uns basta um botão de rosas,

Para outros há de ter juramentos...

Há quem diga,

Que ela depende de milhões...

Mas sabemos quem em alguns lugares

Bastaria um quinhão...

Há quem a encontre num livro,

Mas há quem a procure num jardim...

Há quem a busque no silêncio,

Há quem a encontre na multidão...

Esse sentimento é mesmo assim,

Algo arbitrário...

Se para alguns o pouco parece muito,

Para tantos o muito pode parecer pouco...

Beijando as palavras,

Que se aproximam de meus lábios,

Vou versando pela vida

Revelando meus traçados...

Se, para alguns a natureza é morta,

Para outros a beleza é o que importa...

Senti-la é algo realmente imensurável

Depende muito mais do que se quer,

Do que aquilo que acreditamos ter alcançado...

Não busques a felicidade

Como se ela fosse algo a ser encontrado...

Pois ela não é como um tesouro

Que precisa ser garimpado...

Se esperas depender de alguém

Presentear-te com a tal felicidade,

Podes correr o risco de viver triste

Sozinho e abandonado...

Pois a felicidades é um simples estado de espírito

Que nos ensina a sublimar

Nossos desagrados...