FÊMEA DESUMANA

Que Misteriosa essa mulher

Que do corpo nem precisa…

Transforma a beleza mais eterna

Em algo banal, sem vida…

Que misteriosa, feminina

Que nem identifica…

Quem foi pobre,

Quem foi rico…

Quem chegou,

Ou quem está de partida…

Até a tal identidade,

Que em vida tem seu apego,

É jogada por terra as digitais,

Perdendo sua importância...

Não poupa o homem,

Que em vida fez heranças…

Nem tão pouco reconhece

O individuo sem abastança...

Essa fêmea,

Desumana,

Que nunca teve dó…

Desvaloriza tudo que é ouro

Transformando a vida

Em pó…

Divindade das trevas

Em forma de esqueleto

Chega armada de foice

E a todos deixa medo…

Para aonde leva a alma

De forma tão rapina,

E muitas vezes súbita

Ligeira repentina?