Toc Toc
O toc toc
dos seus sapatos
no andar de cima;
ou embaixo
da tua saia fina
branca ou colorida.
Coxas grossas, pernas tortas
não importa!
Batidas me sobressaltam
se na porta não acontecem
tuas coxas me apetecem
quando as descortinas.
Assusta-me! Não.
É só um tinir nos meus ouvidos
Mas, se de Ti me olvido?
Não, és a razão dos meus sentidos!
Flerto com teus vestidos
só temo olhar tua mão.
A vida é cheia de surpresas
quis fazer de Você minha presa
fui um bom caçador?
Sim! Amenizar-se minha dor
ensinaste-me os caminhos
do visionário que sou.
Mesmo trôpego como um bêbado
com os cabelos em desalinho
tudo fiz, mas não sinto
por Ti desapego.
Fico com o sossego pelo carinho
e pelo apreço Te agradeço.