MARIA CHIFRUDA

Vivia em um canto da Gerais

bem mais para o interior,

uma mulher desengonçada

bem vestida em chitas em flor.

O batom vermelho enfeitavam a sua negra boca

lembro-me ainda de seus saltos com meias coloridas,

quando passava,todos uni-sonos gritavam...

la vai a louca.

Traziam consigo,dois coques diante da testa

o que a denominava, Maria Chifruda.

Surgia sempre como se estivessem saindo de um festa,

o diferencial,que ela era muito parruda.

Quando passava,as atenções eram chamadas

devido as suas esdruxulas vestimentas,

até bem vestidas,bem ornadas

com o seu batom vermelho pimenta.

As vezes,um lenço colorido sobre a cabeça

cotidianamente com os dois coques de fora,

que lhe davam um toque de dois chifres,

dando-lhe ares das famílias dos Caiporas.

Um belo dia em um desafeto

desengonçada que nem um Lobisomem

foi conduzida ate um cárcere,

onde se descobriu o mistério dos mistérios,

Maria Chifruda,não era fêmea,mas sim um parrudo homem.

Esta história é verídica.

Esta pseudo mulher, viveu bem perto daqui

uma bi-sexual analítica,

que transitou muito pelas ruas de Araguari.