O trem que parte, não leva a saudade.
Esta tarde está com gosto de lágrima
Eu não entendo , mas não consigo ouvir minha voz.
Eu não sei como se faz isso, acho que me esqueci.
Andei fugindo de mim e estou em crise de abstinência
Eu tinha a sensação que nesses últimos tempos algo aconteceria.
Mas, parece que eu estou olhando o trem indo embora
e a estação vazia.
Folheio uma revista antiga e vejo que nela há um tempo parado.
Não fala de passado, muito menos de futuro.
Destino ?
Só do trem que parte agora...
Minha garganta está árida, quer gritar mas não tem som.
A minha volta, só vejo nuvens de fumaça
e um vulto que segue lento sem olhar pra trás.
Se ao menos a chuva caisse, pra lavar tantas lembranças ...
Mas nada acontece, nada chega ... Nem ninguém !
O trem da inspiração já está partindo,
Ninguém chegou, ninguém embarcou, nada se moveu...
Nem o vento balançou meus pensamentos.
O eco deste vazio, deixa apenas o sussuro de um adeus
e uma folha seca voando no outono das minhas memórias.
Vou sair daqui, não vou olhar pra trás,
corro o risco de sentir uma lágrima umedecer minha garganta.
E se eu continuar,
pode ser que na ilusão desta fumaça,
eu veja numa frase da revista...
Me leva com você !
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Texto baseado e inspirado numa conversa com uma pessoa amiga.
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Bryan Adams
Heaven
(esta é a canção)