Ele tinha entre cinco a seis anos, quando se deparou com a morte e, por sorte, não morreu. Talvez, não tenha sido aquele o primeiro atentado contra o nordestino. Antes, o suco gástrico muitas vezes lhe roeu o duodeno — um veneno para o estômago vazio do menino.
Luís era corado e corria atrás de borboletas amarelas, quando chovia em seu chão. E se não via borboletas, então, perseguia, ingenuamente, um filho de asno, porque no sertão, raramente chovia.


O menino cresceu e jamais esqueceu a cena da jumenta: atenta, ela vigiava o filho e prontamente, defendeu sua cria, prendendo o menino nos dentes pelo fundilho...
Jumentinho também cresceu, tinha uns cinco ou seis anos quando comeu o milho do monturo de Luís. Comeu o milho, ergueu a cabeça...torceu o rabo, torceu..., e correu rinchando, zombando: “Luís, comi seu “mi” e como...e como...”