A solidão escurece a alma
A solidão apaga a luz,
Apaga o brilho, apaga o desejo.
Deixa tudo escuro, pesado,
Perdido para sempre
Como a fumaça no céu.
A solidão apaga a vivacidade
Apaga a alegria e o sorriso
Deixa uma opaca imagem, apenas,
Lembrança vazia e partida
Como as ondas que quebram nas pedras.
A solidão apaga o sonho
E seus devaneios.
Escura a arandela no cipreste
Resto de rebeldia humana
Na tenra pele resquício juvenil.
O tempo de espera é demasiado.
Em terras áridas germinam ações que ficam ao léu,
Num olhar cansado
Marcados por esse tempo
Calando fundo na alma,
A solidão!