Entardecia...
As nuvens estavam num saracoteio inquietante.
De repente a bolsa de água se rompeu.
A terra foi lavada e hauriu a pureza do ar.
Era uma bulha no céu...
Trovões num reboliço provocavam os relâmpagos, que riscavam caminhos luminosos.
A rajada de vento enfurecida disputava corrida com ela mesma.
Levava de roldão tudo que aparecia em sua frente.
Os galhos deitavam e a passarada no ninho muito assustada se deixava levar.
Vez por outra se ouvia um pipilar choroso. Coitadinhos!...
Após uma hora de estripulia as nuvens se acalmaram e enfileiradas rumaram para o leste. Quiçá na esperança de ver o sol nascer.
A lua com sua face sorridente, aos poucos foi tomando o lugar do sol e se vestiu de luz.
Mergulhou suavemente nas poças de água e tatuou sua beleza.
Assim têm sido as tardes de verão.
O problema é que o computador enlouquece e aproveita a deixa, deixando a gente na mão. (Risos).