Entardecia...

As nuvens estavam num saracoteio inquietante.

De repente a bolsa de água se rompeu.

A terra foi lavada e hauriu a pureza do ar.

Era uma bulha no céu...

Trovões num reboliço provocavam os relâmpagos, que riscavam caminhos luminosos.

A rajada de vento enfurecida disputava corrida com ela mesma.

Levava de roldão tudo que aparecia em sua frente.

Os galhos deitavam e a passarada no ninho muito assustada se deixava levar.

Vez por outra se ouvia um pipilar choroso. Coitadinhos!...

Após uma hora de estripulia as nuvens se acalmaram e enfileiradas rumaram para o leste. Quiçá na esperança de ver o sol nascer.

A lua com sua face sorridente, aos poucos foi tomando o lugar do sol e se vestiu de luz.

Mergulhou suavemente nas poças de água e tatuou sua beleza.

Assim têm sido as tardes de verão.

O problema é que o computador enlouquece e aproveita a deixa, deixando a gente na mão. (Risos).

magda crovador
Enviado por magda crovador em 29/12/2012
Reeditado em 29/12/2012
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