Eu era aquela descrente,
falando da desalegria.
A que chorava
em despoemas,
derramando lágrimas
em forma de gotas de tinta.
Eu era quem escrevia,
sobre seres desencantados,
de amores de única mão.
Eu era aquela,
que carregava o mal do século,
catalogando dissabores,
por onde eu caminhava.
Continuo sendo a mesma,
ainda hoje em dia.