NATAL É ISSO...?
O Natal não é isso que fazem dele. Não gosto de participar dessa "festa sem noção" na qual se transformou essa sagrada data. Não gosto dessa temporada de desassossego. Quero fugir, procuro sossego. Odeio o barulho dos carros de som que anunciam as promoções natalinas do comércio. Detesto andar pelas ruas nessa época. Detesto esbarrar nas sacolas de presentes que as pessoas arrastam pelas ruas, cujas caixas em seu interior machucam minhas coxas e minha alma, nas calçadas lotadas. É a época do consumo desenfreado. E os consumistas compram, compram sem parar! Nem sabem por quê, mas compram! Eu fujo disso. Procuro o frescor, a paz. A calma doce de um jardim com flores. Acompanho com o olhar as nuvens no céu. Procuro nelas encontrar algum vestígio da passagem de Papai Noel com seu trenó puxado por renas. Nada. Elas, as nuvens, também correm, mas correm ao sabor dos ventos. Sem sacolas nas mãos. Sacolas lotadas de meias, de cuecas, de liquidificadores e batedeiras.... e falsidade! Sim, em sua grande maioria sacolas cheias de falsidade! Praticam a falsidade com o outro o ano inteiro e no Natal... lhe dá um presente! Pronto, redimiu-se! Sua consciência foi calada! Pode deitar e dormir em paz depois de alguns brindes e pedaços de peru... e maltratar por mais trezentos e sessenta e cinco dias! Olho para as casas com pisca-piscas, como se chamassem algo. Como se chamassem a paz que durante todo o ano que passou não reinou naquele ambiente. Agora enfeitam de pisca-pisca e bolas coloridas e guirlandas nas portas pra ver se alegram um pouco sua vida. Não! Prefiro o som-sem-som do claro-escuro do meu quarto. O som das teclas do meu notebook. Que sensação de alívio elas me dão! Estou em dúvida... não sei... durmo ou espero o bom velhinho? Ou não...?
O Natal não é isso que fazem dele. Não gosto de participar dessa "festa sem noção" na qual se transformou essa sagrada data. Não gosto dessa temporada de desassossego. Quero fugir, procuro sossego. Odeio o barulho dos carros de som que anunciam as promoções natalinas do comércio. Detesto andar pelas ruas nessa época. Detesto esbarrar nas sacolas de presentes que as pessoas arrastam pelas ruas, cujas caixas em seu interior machucam minhas coxas e minha alma, nas calçadas lotadas. É a época do consumo desenfreado. E os consumistas compram, compram sem parar! Nem sabem por quê, mas compram! Eu fujo disso. Procuro o frescor, a paz. A calma doce de um jardim com flores. Acompanho com o olhar as nuvens no céu. Procuro nelas encontrar algum vestígio da passagem de Papai Noel com seu trenó puxado por renas. Nada. Elas, as nuvens, também correm, mas correm ao sabor dos ventos. Sem sacolas nas mãos. Sacolas lotadas de meias, de cuecas, de liquidificadores e batedeiras.... e falsidade! Sim, em sua grande maioria sacolas cheias de falsidade! Praticam a falsidade com o outro o ano inteiro e no Natal... lhe dá um presente! Pronto, redimiu-se! Sua consciência foi calada! Pode deitar e dormir em paz depois de alguns brindes e pedaços de peru... e maltratar por mais trezentos e sessenta e cinco dias! Olho para as casas com pisca-piscas, como se chamassem algo. Como se chamassem a paz que durante todo o ano que passou não reinou naquele ambiente. Agora enfeitam de pisca-pisca e bolas coloridas e guirlandas nas portas pra ver se alegram um pouco sua vida. Não! Prefiro o som-sem-som do claro-escuro do meu quarto. O som das teclas do meu notebook. Que sensação de alívio elas me dão! Estou em dúvida... não sei... durmo ou espero o bom velhinho? Ou não...?