Modernidades
Até entendo
Não se brinca com inspiração
Mas quando me enfeito de poesia
Não sirvo para a modernidade
Ou ela não serve a mim.
Recito até “e a agora José”
Em toda sua complexidade
No banco da praça ou do ônibus
No barulho de onde estiver
Mas não peça para escrever poesia
Longe de lápis e papel
[Celular, computador
É como escrever sem dor
Sem faro, sem regozijo.