Lumiar
Move a roleta voraz, como se a mesma fosse recôndita
Avulta pavio no círio da vida
Elucidando sobre a feição de alguns caminhos
Curvas a deslizar ligeiro
Bailarim que remoinha sem tirar o calcanhar do assoalho
Sabe que as curvas são tão longas quanto seus devaneios
E tão certas como os raios de sol no oceano
Mito do arbítrio do beligerante
Venábulo curto, porém afiado para alguns contendedores
Égide vítrea que expõe cesuras dos confrontos passados
A asserção é que caímos
Em alguns momentos, com o rostro no solo
Em outros avistando o céu ao longe
Forçosa é a necessidade de solevar
Imprescindível é tentar evitar incorreções
Resguardo nato de todo animal
Recato estulto do guerreiro que não sabe testilhar
Moinho que fragmenta os grãos da senda
O vigor da marcha volúvel
Se faz ao som de cornetas desentoadas
Mas construída sobre arcabouço estoico
Intelecto moldado com mãos de barro
Embuçando teor vasqueiro
Determinismo alterado em sua essência
Corra, não para muito longe
Pois a volta pode não ocorrer
Referências são precípuas
Na galhofa lajeada que trilhamos
Horizonte enevoado
Tão latente, quanto cavado
Curve-se mas não deixe de avista-lo