_...___Entre as Eras d´Amor__...____

O sol finalmente chegou.

Brandindo sua luz dourada, rasgando as alvas nuvens d´algodão; penetrando na terra fértil e dissecando as labaredas venenosas da impunidade.

Uma nova era aqui s´ancora, urdindo nossas células, antes temíveis em paúra, em centelhas de iluminação branda e profunda.

O firmamento nunca foi tão colossal como antes; destelhando as mentes oblíquas e enaltecendo em regeneração das mais evoluídas.

De lá de cima daquelas nuvens pomposas, observo a todos, a tudo e, atento a qualquer intempérie que fatalmente o homem poder-se-á causar, voo em rasante ríspido, a fim de cercar a maldade, reverberando-na na mais cândida das luzes.

Como é belo tudo aqui. Posso sentir o dúctil olor das nunca antes vistas plantas perfumosas, com seus espinhos sim, mas dotadas de uma beleza incomensurável. Vejo os animais antes selvagens, compartilhando de sua ternura com todos os seres lá presentes.

Acompanho a magia branda, nua; altamente evoluída, partindo das mãos e cardíaco das bruxas e bruxos evoluídos com o passar das eras; percebo o quão centradas estão aquelas almas e o quão válido foram as experiências de vidas e vidas ali presentes.

Flutuo pelo magma da erupção dos vulcões antes adormecidos, mergulho nas profundezas dos oceanos e nas regiões abissais uma nova era e civilização brotam; iluminando toda esta gama azul neon de água salgada.

Revejo meus antepassados, caminho por entre as paredes sutis da arquitetura toda moderna, bebo da água límpida, absorvo não mais alimentos, mas sim, energia do mais alto escalão; saúdo os senhores e senhoras de meu destino, cumprimento os seres com mais de seus dois metros e meio de altura e a partir de então, resplandeço meu cerne em amor fraternal e harmonia real por eras e eras, e as que ainda por aqui renascerão!

Com odes divinais e cítaras seráficas; soo cânticos e hinos de reverberação áurea, pelos argeticérulos cantos daquele céu infinito.