CONTO DE FADAS

Sonho só, sob as estrelas, o luar e o... vazio...

Divagando nas lembranças de um pobre amor

maltrapilho, que abandonado à sua sorte,

se perdeu indiferente, seguindo por qualquer trilho...

Não quis ficar à deriva nem naufragar nos recifes das negras desilusões, porém a nefasta sorte soçobrou - me o coração e o que hoje me acompanha, é apenas solidão...

Vivi um conto de fadas , sonhando que era amada, mas o destino cruel forçou - me sorver o fel ao descobrir as mentiras, a traição, a maldade...

Ainda sinto o perfume do amado que já se foi, porém me esmaga o ciúme, tortura, me dilacera, porque sei que pelas noites, são outros braços, que o esperam...

Dos meus beijos se esqueceu, da paixão que o enlouqueceu, vestígios não restam, mais... nem imagina que isso tudo, que hoje já não dividimos, são, prá mim, gumes fatais...

Meu coração ainda o chama, grita em louco desatino, o nome que tanto ama, mas por mais por ele clame, zomba de mim, o destino, afastando - o prá jamais...

Viajo entre devaneios, sentindo - o entre os meus seios, suspirando de emoção... é quente a boca na boca, faz pulsar o coração, mas de repente me sinto uma estátua fria e ôca, acordando da ilusão...

Onde andará eu não não sei, aquele amor que sonhei que eternamente seria... porém sei que está perdido, pois meu coração ferido só me fala em solidão, em saudades e tristezas, da ausência da beleza que um dia me fez sorrir...

E o meu amor maltrapilho... onde está, em qual dos trilhos que seguem em direção ao caos da fria solidão que, indiferente, me espera?

Arianne Evans
Enviado por Arianne Evans em 05/08/2005
Código do texto: T40406