Meio Caetânico?

Sou tão normal...

Dentro disto,

achar-me especial, faz-me parecer idiota.

Batendo a cota de prepotência,

meio Caetânico!

Pisco e rio de mim mesmo...

É cômico até, mas me sinto especial a cada palavra, por ser minha.

Nem sempre corro pra fazer rima,

pois o socorro que me fascina,

é a reflexão.

É o que faço e passo a cada verso,

já que ser real é minha intenção.

Pousei minha crença,

em pensar e amar....

e apesar da rima óbvia,

minha única doença,

converge com meu credo.

Elege,

como sina, a viagem pra mim mesmo.

Desta vez não é prepotência,

é humildade.

Reconhecer-se é sabedoria

e a ciência do equilíbrio,

paira na eterna romaria,

no círio para os erros,

em busca da verdade.

Idiota qualquer,

com arroubos na sensibilidade,

é isto que é.

Meu Deus! Digo frequentemente.

E percebo que exclamo a um Deus,

que me foi tão comumente ensinado...

Como tudo ao meu lado, afinal.

Fui como qualquer um, produto do meio,

quando ninguém sequer interveio,

trazendo alguma claridade.

Que fosse, a mais branda chama de liberdade.

NADA.

Logo, aprendo solitário, porém não sozinho.

Pois ao outro observei,

e há muito desgarrei do seio da sociedade.

Já que assim, solto, longe do ninho,

eduquei-me a sentir carinho,

bem antes de maldade.

É este o relato.

A prepotência é o perigo,

mas especial é o passeio

de quem carrega consigo,

apesar do meio,

o poder de ser, sem ter...

A felicidade,

de reconhecer o erro,

aprendendo de braços abertos.

Correndo pro que chamam de incerto,

sempre em busca de liberdade.

Raphael Moura
Enviado por Raphael Moura em 15/12/2012
Reeditado em 30/12/2012
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