Meio Caetânico?
Sou tão normal...
Dentro disto,
achar-me especial, faz-me parecer idiota.
Batendo a cota de prepotência,
meio Caetânico!
Pisco e rio de mim mesmo...
É cômico até, mas me sinto especial a cada palavra, por ser minha.
Nem sempre corro pra fazer rima,
pois o socorro que me fascina,
é a reflexão.
É o que faço e passo a cada verso,
já que ser real é minha intenção.
Pousei minha crença,
em pensar e amar....
e apesar da rima óbvia,
minha única doença,
converge com meu credo.
Elege,
como sina, a viagem pra mim mesmo.
Desta vez não é prepotência,
é humildade.
Reconhecer-se é sabedoria
e a ciência do equilíbrio,
paira na eterna romaria,
no círio para os erros,
em busca da verdade.
Idiota qualquer,
com arroubos na sensibilidade,
é isto que é.
Meu Deus! Digo frequentemente.
E percebo que exclamo a um Deus,
que me foi tão comumente ensinado...
Como tudo ao meu lado, afinal.
Fui como qualquer um, produto do meio,
quando ninguém sequer interveio,
trazendo alguma claridade.
Que fosse, a mais branda chama de liberdade.
NADA.
Logo, aprendo solitário, porém não sozinho.
Pois ao outro observei,
e há muito desgarrei do seio da sociedade.
Já que assim, solto, longe do ninho,
eduquei-me a sentir carinho,
bem antes de maldade.
É este o relato.
A prepotência é o perigo,
mas especial é o passeio
de quem carrega consigo,
apesar do meio,
o poder de ser, sem ter...
A felicidade,
de reconhecer o erro,
aprendendo de braços abertos.
Correndo pro que chamam de incerto,
sempre em busca de liberdade.