O que sinto da chuva?
Olhando o céu ficando escuro, nuvens escuras e carregadas.
Ouve-se: É parece que vai chover!
Na chuva, vou ficar parado olhando a chuva cair.
Ela caiu. Você fica imóvel, vendo às gotas de chuva a cair.
Pois, como não quer se molhar, fica olhando a chuva, e ela aumenta.
Quando estiar eu vou.
E toca o telefono celular.
E ai! Pegou essa chuva toda?
E esperando a chuva passar, fica reflexivo, olhando e olhando,
esperando estiar.
A chuva, água que cai do céu, límpida e pura.
Alguns transeuntes, gostam de se molhar na chuva. Outros:
já detestam, detêm guardas-chuvas enormes, passam correndo.
Já outros, ficam parados, só olhando a chuva cair.
Mas, a chuva não passa, ao contrário ela começa a aumentar
seu poder de tromba d'água.
Os bueiros a transbordar.
Você já de olho na água da calçada, a encher e transbordar,
já pensando, como vai em casa chegar.
É a chuva! É a chuva!
Trovoadas relâmpagos.
E fica-se pensando: quando a chuva passar, espero logo estiar.
Vou dar uma corrida só... antes dela voltar.
Mas, que nada, ela está aumentando, a chuva está forte,
os bueiros transbordando em cascata. A chuva pesada, parece
o dilúvio. Será que vai o mundo acabar?
Vou embora antes de me afogar. Já pensou, ser levado pela
enchente, vou sair na TV como indigente...!
De repente, no auge da neura chuvosa. Ela, a chuva, vai parando,
vai parando e parando... parannndddoooo... e começo a pensar
em me movimentar, vou devagarinho se movimentando
e movimentando, a chuva vai estiando, estiando...
e o céu se abrindo feito cortina de teatro, em nuvens de papel.
A chuva parou. A estiagem esvaindo-se pelos esgotos a céu aberto,
o céu se abrindo, que lindo!
E vou, pensando em sentar no computador e falar
da chuva... dessa água densa que lava a alma, que limpa a iris,
que faz com que o ciclo líquido da água, se dê em borbotões...
Enfim. Estou aqui, acabei de escrever.
O que sinto da chuva?